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Texto Orientador  - Eixo 1

PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS

 

O que é:

 

A produção e o consumo sustentáveis estão na raiz do conceito de Sustentabilidade. A humanidade passou a perceber que os padrões de produção e de consumo das sociedades industriais estavam atingindo os limites de uso dos recursos e das fontes de energia da natureza. Além disso, houve  aumento excessivo dos  resíduos, acarretando  poluição e diversos  outros  impactos ao meio ambiente e a saúde pública.

Tudo isso  tem trazido danos irreversíveis e em escala global, como as mudanças climáticas e  a perda de biodiversidade.

Produzir e consumir de maneira sustentável são os desafios principais da sustentabilidade socioambiental.  Mas como fazer isso?

Isso depende de todos os cidadãos!  Do consumidor ao fabricante.

Do lado da produção, significa  repensar o processo produtivo,  economizar recursos naturais e energia,  gerar tecnologias que possibilitem  o menor volume possível de resíduos e de impactos.

Do lado do consumidor, significa mudança de atitude,  avaliar o que realmente é necessário a vida, pois  consumo e felicidade são veiculados nas campanhas publicitárias como intimamente ligados, passando a mensagem de que “quanto mais coisas você tiver, mais feliz será”. Consumir com responsabilidade, entretanto, significa evitar desperdícios, cobrar e atuar na construção de políticas públicas que levem a mudança na forma de produção e de consumo.

Por isso, há necessidade de mudanças nos padrões tecnológicos dos processos produtivos e de mudanças culturais na nossa forma de comprar. 

Um conceito fundamental para a produção sustentável é a logística reversa, ou seja, um processo de retorno dos produtos do consumidor final de volta ao fabricante.  Atualmente isso se aplica  a vários produtos como pneus, pilhas e baterias usados, aparelhos eletrônicos obsoletos e descartados, lâmpadas fluorescentes, e em breve será estendido para outros produtos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: http://j2da.files.wordpress.com/2010/05/logistica-reversa.jpg

 

O consumo consciente, se traduz na busca de  produtos de menor impacto ambiental, sem desperdícios e sem supérfluos,  o que pode ser resumido na estratégia dos três erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que diz a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS):

 

A PNRS prevê uma série de diretrizes, normas  e instrumentos voltados à promoção da produção e do consumo sustentáveis, dentre os quais podemos destacar:

 

  • Prioridade para as compras governamentais para produtos sustentáveis, reciclados e recicláveis;

  • Estimulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável;

  • Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, envolvendo produtores distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza;

  • Cooperação técnica e financeira entre poder público e empresas privadas para o desenvolvimento de produtos e tecnologias ambientalmente sustentáveis

  • Os planos municipais de gestão de resíduos devem promover a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos, bem como a participação do poder local na coleta seletiva e logística reversa.

  • Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm responsabilidade sobre: a colocação no mercado de produtos aptos à reutilização e á reciclagem e que gerem a menor quantidade possível de resíduos; a divulgação de informações sobre a reciclagem e a destinação correta dos resíduos de seus produtos; recolhimento de seus produtos após o uso e a destinação final adequada no caso dos produtos sujeitos à logística reversa;

  • As embalagens devem ser fabricadas com materiais reutilizáveis ou recicláveis;

  • São obrigados a implementar sistemas de logística reversa os fabricantes dos seguintes produtos: agrotóxicos e produtos com resíduos perigosos; pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes; produtos eletroeletrônicos e seus componentes;

  • Quando for estabelecido sistema de coleta seletiva pelo município, os consumidores são obrigados a acondicionar adequadamente os resíduos e a disponibilizar adequadamente esses resíduos para coleta ou devolução.

  • O responsável pelos serviços públicos de limpeza e manejo de resíduos deve articular os agentes econômicos e sociais visando o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis;

  • A União, os Estados e os Municípios poderão instituir incentivos fiscais e financeiros para empresas ou entidades voltadas à reutilização e à reciclagem de resíduos e de projetos ligados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, com prioridade para cooperativas e outras formas de associativismo.

 

 

O que está sendo feito em Piracicaba sobre Produção e Consumo sustentáveis

 

- Surgimento de redes que incentivam o consumo solidário e responsável, de produtos orgânicos vindos de pequenos produtores rurais;

- Eventos municipais de incentivo ao consumo sustentável, como por exemplo, feira da sucata e da barganha; exposições socioambientais; programas itinerantes de recebimento de resíduos, entre outros;

- Legislação sobre  consumo sustentável, por exemplo,  obrigatoriedade de compra de madeira certificada pela Prefeitura Municipal;

- Ações educativas por meio de Programas Ambientais da Prefeitura Municipal – Núcleo de Educação Ambiental;  programas e projetos de empresas, órgãos públicos, instituições de ensino, entre outros;

 

 

Quais são os desafios:

 

- Desenvolver políticas públicas e ações em grande escala que incentivem o consumo sustentável;

- Educar a comunidade para a prática dos 3 Rs -  redução do consumo e desperdício, reutilização dos materiais e reciclagem (separação dos recicláveis, limpos e secos);

- Estimular o consumo de produtos locais, que reduzem impactos de transporte, emissão de poluentes e que valorizariam os produtores da cidade;

- Diminuir o desperdício de materiais orgânicos – alimentos principalmente (cerca de 50% dos resíduos domiciliares);

- Reduzir o uso de sacolas e outros materiais descartáveis;

- Apoiar e incentivar a implementação de ações de logística reversa em todo o território do município.

- Fazer com que as empresas instaladas no município implementem a logística reversa.

 

 

Texto Orientador  - Eixo 2

REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

 

O que é:

 

REDUÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL é o equilíbrio desejado entre as ações humanas e o meio ambiente.

 

Toda ação para a sobrevivência do homem gera impacto ambiental, para construir moradias, para vestimentas, alimentos e até depois de morto. Com o aumento populacional, a demanda para alimentação, moradia e deposição dos resíduos (lixo) aumentaram, sendo necessário espaços, geralmente longe da população, para colocar seus resíduos.

 

O modelo de consumo adotado está pautado no rápido descarte e desperdício dos recursos naturais, pois trocamos de produto antes mesmo da sua inutilidade, devido aos padrões de modelo, e também consumimos produtos fabricados com curta vida útil, já idealizado pelos fabricantes a fim de aumentar o consumo.

 

Os países europeus acreditam que a redução na fonte, ou seja, no consumidor, significa criar o conceito de durabilidade dos produtos, minimização de consumo desenfreado, reuso do produto e consequentemente a prevenção e redução da geração de resíduos.

 

Outro instrumento usado por alguns países europeus para que o consumidor seja responsabilizado na forma mais sustentável de gerir seus resíduos é utilizando o dinheiro como motivador, cobrando uma taxa de acordo com a quantidade do descarte do resíduo encaminhado para a disposição final, assim como o consumo de água, energia, gás, entre outros (Azevedo – 2002).

 

O processo industrial, a necessidade de grandes produções de alimentos no campo, as tecnologias desenvolvidas e o consumo desenfreado são fatores que aumentaram os impactos ambientais e a geração de resíduos, sendo muitos deles considerados “perigosos”, devido sua composição química. Em contato com o solo e água podem contaminar os alimentos e gerar doenças.

 

A REDUÇÃO no processo industrial destes impactos ambientais envolve toda a cadeia do produto até o descarte final. Existem alguns conceitos para trabalhar a redução do impacto ambiental pelo PRODUTOR como: tecnologias limpas - PL = Produção mais Limpa, que implica em fornecedores licenciados, em minimização de consumo de água, energia, reuso de resíduos no processo produtivo e outras medidas técnicas que busquem reduzir na fonte a produção de qualquer resíduo e que ajude a economizar ; outro instrumento é a ACV – Análise do Ciclo de Vida, ou seja, contabilizar desde a retirada da matéria prima na fonte, uso necessário de energia, de água, combustível, equipamentos, o tempo estimado de uso do produto e a deposição final deste. Estes conceitos quando colocados em prática auxiliam na minimização dos resíduos gerados no processo industrial, porém existem ainda outros fatores a serem trabalhados como o consumo desenfreado pela população que gera grandes quantidades de lixo encaminhado para o tratamento como fim-de-tubo ou fim-de-linha.

 

Os municípios são responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos sólidos, devendo seguir o disposto em legislações. Atualmente, a PNRS 12.305/2010, indica aos municípios quais os caminhos que deverá seguir para cumprir as metas de tratamento e disposição final dos resíduos. No entanto, a PNRS rege sobre a “responsabilidade compartilhada dos resíduos”, onde responsabiliza cada setor (produtivo, comércio, serviços, população e municípios) sobre os resíduos gerados dando um olhar diferenciado no gerenciamento de resíduos sólidos, não só como tratamento técnico apropriado de fim de linha, mas, também de um tratamento cultural adequado prevendo mudanças no setor produtivo, nos hábitos e valores humanos e no tratamento final pelos municípios que estão encarando os resíduos sólidos como oportunidade de negócios, para extrair recursos valiosos que ainda podem ser usados. Um exemplo disto é o processo de produção de biogás a partir de resíduos, tendo por produto final a geração de energia e composto orgânico.
 
O que diz a PNRS:

DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA PNRS

Art. 6o São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I – a prevenção e a precaução;

II – o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;

V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta;

VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

§ 1º Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implementação de programas de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo:

X - programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos;

 

O que é feito no município:

 

Atualmente Piracicaba conta com uma Parceria Público-Privada, na modalidade de Concessão Administrativa, para Execução de Serviços de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, através da Coleta, Transporte, Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos Domiciliares, com Implantação da Central de Tratamento de Resíduos Palmeiras.

 

Nesta Central está prevista a geração de biogás, compostagem orgânica, a separação de materiais recicláveis e utilização de tecnologias de redução de impacto.

 

De acordo com a proposta técnica apresentada a PMP, a Central de Tratamento deverá ser implantada em aproximadamente 3 anos e 9 meses a partir da assinatura do contrato.

 

Em 27 de outubro de 2011, durante a 1ª Exposição Ambiental de Piracicaba, foi lançado o primeiro inventário de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Esse inventário foi apresentado pelo professor Carlos Pellegrino Cerri da ESALQ, tendo por base os anos de 2006 – 2009.

 

Piracicaba tem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos contemplado no Plano de Saneamento Ambiental conforme Lei Federal 11.445/2007. Este plano de gerenciamento contempla os seguintes programas que estão em execução no município:

 

Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Domiciliares na fonte: serviço disponibilizado em 100% da área urbana com 12 caminhões, coletando uma média de 220t/mês de materiais recicláveis como: papéis,plásticos, metais e vidros; também coleta óleo de fritura usado. Estes resíduos são encaminhados à Cooperativa Reciclador Solidário, responsável pela triagem e comercialização destes resíduos.

 

Coleta Seletiva de Resíduos Especiais como pilhas e baterias, eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes e pneus: serviço que disponibiliza locais de entrega pela população através de Ecopontos, outros em pontos específicos do município como parques e terminais centrais integrados (ônibus urbano), ou entrega direta na Central de Resíduos Sólidos SEDEMA.

 

Coleta de móveis inservíveis ou indesejáveis – Programa Cata Cacareco, solicitado pela população através do 156 e retirado da residência por equipe da prefeitura. Atendido em média 45 solicitações diárias (meses fevereiro e março de 2013), é realizado uma pré-triagem do material e destinado os eletroeletrônicos para a Central de Resíduos da SEDEMA, os materiais passíveis de reciclagem para a Cooperativa Reciclador Solidário e os rejeitos para o Aterro.

 

Coleta de Resíduo de Serviço de Saúde: são os resíduos de hospitais, clínicas dentárias, veterinárias, Postos de Saúde, farmácias e outros similares. Este recolhimento é realizado perante o cadastro junto ao SEDEMA que disponibiliza a coleta através de empresa licitada de tratamento deste resíduo.

 

Dentro da Coleta de Serviço de Saúde tem a coleta de MEDICAMENTOS usados ou vencidos, onde o serviço de coleta de resíduos de saúde recolhe também os medicamentos. A população pode estar levando estes medicamentos a todas as farmácias da rede pública municipal ou as farmácias das redes conveniadas como exemplo a Drogal.

 

ECOPONTOS: 5 locais devidamente cercados e em condições de receber resíduos de construção civil e demolições considerados limpos (que estarão sendo reutilizados), considerados rejeitos (que serão disponibilizados em aterro), outros resíduos que estarão sendo encaminhados para descarte adequado como pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, eletroeletrônicos, madeiras e pneus.

 

Referente aos resíduos de construção civil, o município de Piracicaba possui a Lei 6962/2010, que institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil ..., que está em prática desde Janeiro/2013 com sistema on-line de monitoramento das caçambas de entulho do município, fiscalizando a data de colocação da caçamba, estacionamento adequado e descarte em locais licenciados.

 

Quanto as licitações de serviços de poda de árvores e capina, está presente nos editais o encaminhamento do resíduo final de menor impacto ambiental, atualmente é a compostagem.       

 

Desafios:

                Conhecer as iniciativas das instituições públicas e privadas do município;
                Criar um sistema geral de informações de resíduos do município de Piracicaba;
                Desenvolver a gestão compartilhada de resíduos sólidos;
                Implementar a PNRS no município, nas instituições públicas e privadas;
                Fiscalizar o cumprimento da PNRS;


                              
Referências:

AZEVEDO , G.O.D. e KIPERSTOK, Asher. Novas formas de gestão dos resíduos sólidos urbanos para a minimização: A busca de uma proposta para Salvador. In: VI Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. 1 a 5 de set./2002. Disponível em:  www.bvsde.paho.org/bvsacd/sibesa6/clxiv.pdf. Acesso em 25/04/2013.


BRASIL. Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.


BRASIL. Lei nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

 

PIRACICABA. Lei nº 6.962 de 22 de dezembro de 2010. Institui o sistema de gestão sustentável de resíduos da construção civil e de resíduos volumosos e o plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil, de acordo com o previsto na resolução Conama nº 307/02 e dá outras providências.

 

PIRACICABA. Decreto nº 14.206 de 01 de agosto de 2011. Aprova o plano de saneamento básico do município de Piracicaba.

 

 

 

Texto Orientador  - Eixo 3

GERAÇÃO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA

 

O que é:
 

É a geração e a manutenção de emprego, de trabalho e de renda, associados às diferentes etapas da gestão de resíduos, seja na esfera pública, privada e do terceiro setor (organizações da sociedade civil).

Estas oportunidades devem proporcionar salários justos e respeitar a saúde e a segurança dos trabalhadores. Devem também contribuir para a inclusão social e para a distribuição de renda.

 

O que diz a PNRS:

A Política Nacional de Resíduos Sólidos traz entre seus princípios o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

A PNRS estabelece que o município deva elaborar o seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Este plano deve conter, entre uma série de outras questões, mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos.

As ações públicas relacionadas ao tema devem também prever o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.                                             .
 

A situação no município:

Atualmente no Brasil, existe um número significativo de empregos relacionados às diferentes etapas da gestão de resíduos sólidos. Em nosso município não é diferente, existindo emprego, trabalho e renda relacionados ao tema junto a cooperativas, setor público, consultorias, empresas e indústrias:

 

Setor Público

Para atender a demanda de gestão dos diferentes tipos de resíduos sob sua responsabilidade, a Prefeitura Municipal possui equipe própria e equipe de empresas contratadas dedicadas ao tema.

Na Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (SEDEMA) existem aproximadamente 15 funcionários dedicados, integral ou parcialmente, a elaboração e a execução de planos e projetos de gestão de resíduos, ao licenciamento ambiental, a fiscalização e ao acompanhamento e monitoramento de contratos com empresas prestadoras de serviços.

Em relação aos empregos em empresas contratadas pelo poder público temos:

 

Resíduos Domiciliares e Varrição Para a coleta e destinação dos resíduos domiciliares e para a varrição de ruas e logradouros públicos (praças e varejões, por exemplo) a prefeitura contratou, por meio de uma Parceria Público Privada, a empresa Consórcio Piracicaba Ambiental. A mesma emprega atualmente: 170 pessoas entre motoristas e garis, 240 pessoas na varrição e 40 pessoas na coleta seletiva. A empresa também é responsável pela construção do novo Aterro Municipal e pelo encerramento do Aterro Pau Queimado.

 

Resíduos de Arborização Para a poda e destinação de resíduos de arborização (poda e corte de árvores) são empregados 25 pessoas pela empresa Engemaia

 

Capina e roçada A empresa contratada é a Ecoterra que possui equipe de aproximadamente 100 pessoas.

Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) A empresa ATT Ambiental, responsável pela coleta e destinação final dos RSS, conta com uma equipe de aproximadamente 10 pessoas

Outros Resíduos Além dos resíduos citados acima, a Prefeitura mantém convênio com a ANIP para a gestão dos Pneus e contratos com a empresa Suzaquim (Pilhas, Baterias e Eletroeletrônicos) e com a empresa Tramppo (Lâmpadas)

 

Cooperativa Reciclador Solidário

A Cooperativa foi criada em 2001 e atualmente conta com aproximadamente 45 cooperados, responsáveis pela separação e comercialização dos materiais recicláveis. Os resíduos recicláveis são entregues a Cooperativa pelo poder público, por meio da empresa contratada para a coleta (Consórcio Piracicaba Ambiental). Cabe a Cooperativa a separação e a venda dos materiais. A Prefeitura Municipal também apóia a Cooperativa por meio do custeio do aluguel e da energia elétrica utilizada pela mesma.

 

Empresas

Existem empresas no município criadas especificamente para realizar a gestão de certos tipos de resíduos. Tais empresas demonstram que é possível a criação e manutenção de atividades econômicas relacionadas diretamente a gestão de resíduos. Existem, por exemplo, empresas que realizam a coleta, tratamento e destinação de óleo de cozinha, de resíduos da construção civil e de resíduos orgânicos.

 

Indústrias

Muitas indústrias possuem setores com equipes específicas para realizar a gestão ambiental de seus processos produtivos. Dentro da gestão ambiental industrial, uma das principais questões e desafios é a realização da gestão de resíduos.

 

 

Desafios

Dado esse panorama resumido do tema em nosso município, podemos levantar alguns desafios:

  • Implementar ações públicas, privadas e do terceiro setor que incentivem a geração de emprego, trabalho e renda relacionados a gestão de resíduos sólidos;

  • Garantir que os empregos relacionados ao setor proporcionem salários dignos e respeitem a saúde e a segurança dos trabalhadores;

  • Implementar ações para que a gestão de resíduos sólidos contribua para a inclusão social e a distribuição de renda;

  • Estruturar a logística reversa para que ela contribua para a geração de emprego, trabalho e renda.

 

 

Texto Orientador - Eixo 4

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

O que é:

 

Em 1977, durante a Conferência de Tbilisi (UNESCO), a Educação Ambiental foi institucionalizada e colocada como estratégia para mudanças de comportamento em relação ao meio ambiente, sendo definida como:

... um processo contínuo no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência de seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver os problemas ambientais presentes e futuros.

Para a sociedade tomar ciência da responsabilidade na implantação das novas políticas públicas relacionadas à geração de resíduos sólidos esta precisa estar preparada e ser instruída para este desafio. Para isso, a educação efetiva da população para o consumo e produção sustentável é imprescindível.

 

O que diz a PNRS:

 

Com foco nesta necessidade, a educação ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Inciso VIII, Art. 8°).

A efetivação e a elaboração de programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos, fazem parte do conteúdo mínimo dos Planos Municipais de Gestão dos Resíduos Sólidos (Inciso X, Art. 19º) que deverão ser elaborados por cada município brasileiro e estarem em consonância com a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA pela Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999.

 

O que é feito no município:

 

No município de Piracicaba foi instituída em 2010 a Política Municipal de Educação Ambiental - PMEA (Lei nº 6922/2010) regulamentada pelo Decreto nº 14.611/2012, que fornece toda a diretiva para tratamento do tema educação ambiental no município.

A criação de um Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental - GMEA, esta previsto na legislação (Art 19, Lei nº 6922/2010) e já esta sendo implantado no município este ano (2013).

A este grupo é atribuída à responsabilidade de executar as diretrizes para implantação da PMEA, contribuindo nas discussões relacionadas a políticas publicas ambientais, auxiliando o diagnostico da situação atual no município e no dimensionamento de recursos para implantação de programas e projetos de educação ambiental, entre outras.

Levando- se em consideração a educação ambiental, dentro da temática resíduos sólidos, foi construído o Plano de Saneamento de Resíduos Sólidos de Piracicaba, aprovado através do Decreto Básico nº 14.206 de 01 de agosto de 2011, que tem como objetivo o planejamento das ações e serviços de saneamento no município de Piracicaba, incluindo ações relacionadas a educação ambiental, embasado em um minucioso diagnóstico da situação atual do município. O Projeto Educação Ambiental: formação, informação e mobilização social é parte integrante deste Plano, e tem como principal objetivo a construção de processos de mudanças de comportamentos e hábitos culturais, considerando as diversas implicações entre os problemas ambientais e os maus hábitos cotidianos em relação à geração de resíduos do município.

 

Desafios:

 

Considerando esses objetivos, hoje, o município de Piracicaba têm os seguintes desafios:

 

  • Incentivar o envolvimento da comunidade nos debates em torno das questões referentes à minimização dos resíduos, redução de consumo e desperdício, reutilização e coleta seletiva de materiais e responsabilidade compartilhada dos mesmos;

 

  • Atuar junto a diversos segmentos da sociedade utilizando o conceito de educação ambiental crítica nas diversas formas - de linguagem e de abordagem – apropriadas a cada contexto e faixa etária;

 

  • Desenvolver estratégias para envolvimento da comunidade quanto à difusão de informações, através de ferramentas de educomunicação, sobre as destinações ambientalmente adequadas de cada tipo de material;

 

  • Fazer com que o GMEA funcione de forma ativa e que suas deliberações sejam aplicadas a todas as ações de Educação Ambiental no município.

EIXOS TEMÁTICOS​​

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